segunda-feira, 19 de setembro de 2011

12º FESTIVAL DE ARTES DE AREIA

No final de subida da serra, logo na entrada da cidade (Areia-PB). Terra fria, mas de cultuta quente. Viva o Festival de Artes de Areia! 

Respirando cultura e arte em Areia.

1ª noite de festival, frio na canela, em volta as barracas (caipifruta, bebidas, churrasquinho, bujingangas, maçã do amor, etc.) montadas para o festival.

No palco principal, abrindo as atrações musicais, o cantor Zé Ramalho.

Assistindo Zé Ramalho com a sempre linda Fernanda, que tem sangue areiense e não tava nem ai pro frio.

Exposição "Paraíba Grandes Nomes". Fazendo pose de violeiro/repentista ao lado do banner de Zé Limeira, o poeta do absurdo. Mais roots impossível!

Exposição com trabalhos, maioria quadrinhos de personagens marvel, do desenhista paraibano Mike Deodato Jr. Iradíssimo!

Árvore da Serra, um dos meus poemas poemas preferidos de Augusto dos Anjos, ilustrado pelo desenhista Mike Deodato.

Mesa "Paraíba afora: a música paraibana em outros eixos, identidades, tradições e traduções. Mediador: Chico César. Participantes: Fernanda Cabral, Cátia de França e Erivan Araújo.

Nós! Com o ilustre Chico César, antes do debate, no melhor estilo Buena Vista Social Club.

Apresentação circense da Trupe Arlequim, de João Pessoa. O circo sempre me encanta, mais uma vez voltei a infância.

Teatro Minerva, primeiro teatro do estado da Paraíba (1859). Pequeno, charmoso e aconchegante, havia visitado quando criança, meados de 2001. Voltar e assistir uma apresentação lá foi incrível! 

Espetáculo "Caravana" da cia. Lunay, de João Pessoa, no Teatro Minerva.

No palco principal a cantora Fernanda Cabral.

Na pontinha do palco principal, com a sempre linda Fernanda, assistindo o showzão da Cátia de França.

From Alagoa Grande, a banda Jackson Envenenado.

Rock'n Roll piração do Jackson Envenenado!

Turma boa da rádio Paraíba FM (101,7) fazendo o programa ao vivo no calçadão da cidade.

Chico César toca "Mama África" no programa Polêmica Paraíba.

Estando em Areia, cidade tradicional dosengenhos de cana-de-açúcar, tive que pedir o sorvete no sabor de RAPADURA. haha

No palco do circo o Major Palito, de Campina Grande, que é considerado o palhaço mais antigo em atividade no estado. Se apresenta com sua trupe, toda formada por familiares, em espetáculos intinerantes por toda a Paraíba.

O 12º Festival de Artes de Areia encerrou pra mim com o espetáculo do poeta popular Jessier Quirino.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Rosa azul



Colocou a rosa na cabeça
E o azul ficou na cabeça dela
Era para uma única cerimonia
Agora não sabe quando vai tirar

É linda com e sem, indo e voltando
A rosa completa sua ternura, sua beleza
E sempre questionado balanço confirmando

Parece que casou perfeitamente
E quem vê elogia, sempre
Assim sendo não cansa de gostar
E so vai querer tirar quando também casar

Com amor para a sempre linda Fernanda, que fez a cabeça com sua rosa azul

terça-feira, 12 de julho de 2011

Get up, STAND UP!


É bem verdade que o gênero Standup comedy encontrou no Brasil o sucesso máximo nos últimos anos e se tornou febre com público jovem que lota as apresentações para gargalhar das piadas que retratam seu cotidiano e realidade. Na década de 60 o grande Chico Anysio foi precurssor e já fazia suas apresentações neste estilo para que hoje muitos humoristas possam contar suas sacadinhas nas apresentaçõeas de standup. Mas a grande verdade seja dita: foram os atores que fazem elenco no programa CQC que tornaram o standup conhecido do grande público na televisão aberta e tiveram o boom na web com suas apresentações solos, que viajam o brasil inteiro nadando em dinheiro.

O fato é que sabendo bem as origens do público do standup: jovem, de classe média/média alta, que usa internet regularmente e tudo mais, os caras cobram os preços mais absurdos em ingressos para apresentações. A internet é aliada desse pessoal todo e serve como mídia para promover o artista e as turnês porém, com  a pirataria, também tira a opção de serem vendidos DVDs, aúdios, livros ou qualquer reprodução dos shows. É óbvio que os artistas e produtores do standup não tem renda com a venda de material gravado, porque a internet nesta hora joga contra e abriga todo o conteúdo gratuitamente. Isso significa que a grana vem toda dos ingressos, ainda assim isso não justifica o grande superávit. Não mesmo.


Tenho a liberdade de pegar um exemplo claro e objetivo do que rola na minha cidade, onde os costumes e tendências de tudo são voláteis e mudam de acordo com o vento. Olhando o calendário de eventos deste mês temos Oscar Filho marcado por aqui no dia 24, com o preço de R$ 50,00 (inteira) e R$ 25,00 (meia). Um dia antes, 23, tocam a turma do JQuest e Biquini Cavadão, com ingressos a R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia). Veja bem, o Oscar Filho vem com, no máximo, 1 produtor e sua mochila nas costas, enquanto cada banda tem 5 e 4 músicos, respectivamente, e ainda vários assistentes de produção.

As apresentações de standup, em sua grande maioria, não usam cenografia: é um banco, luz normal de teatro e um microfone, enquanto os músicos viajam com seus instrumentos, equipe grande por trás e toda estrutura da produção. Sem falar no renome nacional das duas bandas em questão e das carreiras, com o JQuest completando 15 anos de estrada e o Biquini nem sei quantos, acho os preços da apresentação de standup, no mínimo, injustos e caros, como de costume.


Não desmerecendo trabalho de humoristas e produtores, até porque só há apresentação porque há público, e vice-versa, e eu mesmo sou fã desse estilo que fala a verdade cuspindo na cara as anomalias da própria sociedade que aplaude no fim, mas o que poderia justificar os altos preços? O nomezinho gringo? Os carinhas serem descolados e estarem no twitter?

Não dá. Pra mim não dá, amigo. Gosto desse estilo de humor e sempre estou afim de ver uma apresentação ao vivo, mas quando olho os preços sinto como uma ameaça de ser assaltado e logo desisto. Pensando assim fico em casa poupando minha grana e vendo as piadas do mês passado no youtube, morrendo de rir.

sábado, 2 de julho de 2011

Por que ARGENTINA?



• Não há porque não torcer pela Argentina. O “ódio”, e toda essa rivalidade não sadia, que vemos por ai é fruto de uma alienação coletiva, criada e alimentada, sempre que possível, pela grande mídia;

• Juntos, nós e eles, brasileiros e argentinos, temos os melhores jogadores do planeta, os craques mais valiosos e disputados no mercado europeu da bola; 

• Vejo raça e vontade de vencer brilhando nos olhos de cada jogador sempre que vejo qualquer jogo da seleção albi celeste;

 • O estilo de jogo dos hermanos me encanta, é um futebol objetivo, com vontade, que não perde a mágica e o brilho de arte. As bolas cruzadas à área no estilo “balãozinho” que são finalizadas com cabeçadas mortais, as quais chamo de testada d’oro, para mim, são os verdadeiros gols placa;

• A maneira como o povo argentino apóia, torce e festeja as conquistas de sua equipe é diferente de qualquer outra torcida no mundo. Chega a ser copiada por times da região sul do país (grêmio, inter, etc.) e seus cânticos adaptados ao português para serem cantados em nossos estádios. Eles sabem fazer isso como ninguém; 

• O maior camisa 10 do mundo é argentino. O maior. Quem foi o melhor eu não sei, pois nasci nos anos 90 e não os vi jogar, mas Maradona é o maior, pois representa bem mais para o povo argentino do que Pelé para nós. Diego opina, critica, viaja, dá entrevista, entra em campo, até tentou ser técnico, está vivo, falando e fazendo o que dá na cuca, enquanto o nosso Pelé fez os 1000, ganhou o título de rei e vive dessa fama, apenas.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Campanha Sport&Ação

Trabalho recente, que adorei fazer, para a loja de esportes Sport&Ação. Proposta inicial eram só colocar outdoors institucionais nas ruas e, a partir disso, criei também um filme com a mesma linha. O conceito de que qualquer esporte, por mais comum que seja, pode ser uma grande aventura radical, está nas peças.

Abaixo um monstro, editado por mim, para visualização da proposta e em seguida o filme finalizado: com captação, edição e todo o trabalho profissional de produtora. Veja como era e como ficou.

MONSTRO



FILME



A proposta, minimalista, usa apenas as 2 cores, chapadas, da marca em todas as peças da campanha. A ideia da silhoueta humana na prática de esportes propõe ao público a projeção pessoal naquele grande lance ou jogada. Os outdoors, proposta inicial, foram pra rua em 3 versões (3 esportes) e são esses:




FICHA TÉCNICA
Agência: Ação Marketing Promocional
Cliente: Sport&Ação
Criação: Yuri Morais
Atendimento: Josy Campos
Produtora: Comvídeo
Edição: Paulinho Cunha

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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Cerimonial


Pareço louco quando falo isso, mas é um sentimento latente e não ficarei tranquilo enquanto não fizer. É verdade mesmo: vou escrever um documento detalhando, item por item, como acontecerão as minhas cerimônias fúnebres. Entregarei cópias às pessoas certas para que tudo saia como eu, motivador daquilo tudo, queria. Velório, cortejo, crematório (sim! eu quero ser cremado) e, por fim, uma reunião onde pessoas especiais terão oportunidade de falar o que quiserem a meu respeito, tudo seguirá um script escrito por mim mesmo, em vida.

Das poucas vezes que compareço a ocasiões semelhantes vejo coisas terríveis, que contrariam totalmente os princípios de quem morreu, são absurdos que alguns vivos até sabem o tamanho do paradoxo e não fazem nada para não parecer falta de educação ou coisa do tipo. Isso é falta de respeito e comigo não acontecerá. Foi justamente pensando em como evitar problemas em minha vez que tive essa ideia doida. Para que tudo ocorra bem escreverei no documento uma lista inversa de convidados, com pessoas que definitivamente não podem estar presente em nenhuma das ocasiões, e caso os infelizes resolverem dar as caras pessoas certas terão minha autorização prévia para providenciar sua retirada e depois explicar, educadamente, o motivo. A palavra também será uma coisa que eu autorizarei só para as pessoas certas. Comigo não vai ter essa de qualquer um pedir licença e abrir a boca pra falar ao meu respeito, definitivamente não. Terá uma lista dos autorizados, uma ordem e um tempo máximo, para que um ou outro não se empolgue nas palavras e termine cansando os presentes.

Não tendo como prever o motivo da morte, descreverei a maneira de se portar durante meu evento. Caso seja natural, por doença ou velhice, não quero ninguém triste e chorando muito, como de costume, prefiro que lembrem de mim e confortem uns aos outros pela falta que farei. Se minha morte for acidental, inesperada ou de forma covarde e injusta, alguns irão ser surpreendidos e, inevitavelmente, chorararão, mas quero que também lembrem de mim, confortem uns aos outros pela falta que farei, e juntem-se para buscar as causas e/ou culpados da tragédia, até o fim.

O documento também descreverá o pós-morte. Depois de morto e cremado quero que minha família, esposa e/ou filhos, guardem minhas cinzas em um canto especial e me levem com eles ao passar dos anos. Quando tudo sair do jeito certo, ai sim eu descansarei em total paz.




sexta-feira, 22 de abril de 2011

#deplastico

Não é censura, é uma opção, como foi dito. Uma boa opção, com bom senso, para todo o povo paraibano no mês de junho. Não contratar determinados estilos de música para as festas de São João apoiadas pelo governo da Paraíba foi a melhor coisa que Chico César fez na secretaria de cultura do estado, e é o que esperava o público que ainda relembra sua boa gestão na FUNJOPE: uma posição firme como a tomada, e declarada, na última semana. Quando ainda na prefeitura de João Pessoa Chico idealizou e realizou projetos de boas apresentações musicais, com bons públicos em diferentes pontos da cidade e com ótimas oportunidades a artistas locais.


Dessa vez como secretário de cultura do estado a pretensão é promover um São João com artistas da terra, paraibanos de verdade, e até aqui tudo certo, a maioria concorda, mas torna-se polêmica quando é declarado que em palco apoiado pelo governo não se toca “forró de plástico”. Disseram que não se pode determinar o que é ruim ou bom para o público e que não se pode tratar o forró feito por algumas bandas atuais como de plástico. Eu digo que realmente não se pode enfiar boa música guela abaixo da massa, é o que ela está precisando, porém concordo com a rotulação do forró de plástico. É de plástico sim! É de plástico porque possui letras banais que desvalorizam qualquer senso moral e legal do homem, por não respeitar direitos autorais de ninguém, por incentivar o uso exagerado do álcool, por tocar a volumes exorbitantes e desrespeitar o senso coletivo, por serem feitos para durar 1 ou 2 meses, apenas. Os produtores, músicos, empresários e fãs desse estilo sabem disso e tiram total proveito de cada uma dessas características, mas acham ruim serem criticados por isso e mais agora com as declarações do secretário, que também é artista. É aquela velha conversa de uma mulher muito gorda que exagera em todo tipo de comida mas odeia, e se revolta, ao ouvir que é uma baleia.

Chico César não foi preconceituoso, censurador ou qualquer coisa do tipo, apenas quer trazer de volta nossa cultura, nesse caso o forró, de raíz e acabar com disputas de grandes atrações musicais entre cidades do interior, onde os exagerados cachês são pagos com dinheiro público. Como foi dito pelo próprio, quem quiser ouvir esse tipo de música que pague por ela, afinal, para se ter forró da xeta, forró pegado, aviões do forró e suas variantes não custa caro e nem é necessário esperar o mês de junho.